Por Giovanna Maciel*
Já viu algum bilhetinho espalhado
pela faculdade? Há pouco, alunas no UNICURITIBA iniciaram um projeto lindo, que
visa espalhar mensagens motivacionais pelo campus. Tive a oportunidade de
conversar com elas e entender um pouco mais sobre a ideia que vêm tornando mais leves os dias dos demais alunos.
A conversa se deu pelo Instagram,
direto com a conta @poste.isso, sendo que as criadoras preferiram manter o
anonimato porque “’poste isso’ é muito
mais do que dois seres humanos, sabe?! E aí atrelar nossa imagem a isso seria
quase que um ato egoísta já que mais gente participa as vezes e marca a gente”.
Questionadas sobre como surgiu a
ideia, disseram que surgiu da forma mais inesperada possível e pelo motivo mais
estranho. A idealizadora afirmou que ao perceber que ela, assim como muitos
outros alunos e colegas estavam sofrendo com ansiedade, foi falar com a
Ouvidoria da Instituição. No caminho, refletiu sobre o que ajudava em momentos
de crise, concluindo que, primeiro, sempre vai ao banheiro para tentar se
acalmar e, em segundo lugar, que ver frases legais a ajuda a lembrar que vai
ficar tudo bem.
Pois bem, cheguei na ouvidoria e expliquei o
problema e como muitas vezes não era de conhecimento dos professores e acabava
ficando só entre os alunos. Disse que precisávamos fazer algo já que de
ansiedade para depressão é um passo bem pequeno. Expliquei para a moça da
ouvidoria, que inclusive foi um amor, que infelizmente ações que
demandem muito tempo não teriam tanto impacto quanto coisas mais rápidas e
curtas.
Então, contou
à Ouvidoria sobre a ideia de colar post-its nos banheiros e que isso não
acarretaria em nenhum dano à faculdade ou à estrutura, vez que bastaria retirar
do espelho que tudo voltaria ao normal. Apoiada a ideia, iniciou o projeto em
uma quarta-feira pela manhã, sendo que uma amiga – que agora faz parte do
“poste isso” – perguntou sobre o que ela estava fazendo e, em seguida, comprou
a ideia, ajudando-a a concretizar.
Importante ressaltar que a gente nunca
imaginou a proporção que isso tomaria, só queríamos espalhar amor por aí.
Quanto à experiência, disseram
ser única e que em menos de uma semana tiveram um retorno imenso, seja por
visitas ao perfil ou mensagens agradecendo. Um dos retornos recebidos também foi mais uma pessoa para o grupo as ajudando na produção. Segundo elas, fazer
os post-its também as ajuda, tendo em vista que percebem que aquele pequeno pedaço de papel
pode ajudar a mudar o dia de alguém - o que por si só já as faz sentirem-se bem.
Ressaltam que é o último ano
delas na faculdade e, por isso, não sabem muito bem por quanto tempo o projeto irá continuar. Por isso, pensam no agora e estão dando o melhor. No entanto, as meninas enfatizaram que o
“poste isso” não é formado apenas três pessoas. É uma onda de amor que, inclusive,
está se espalhando em outras faculdades e que qualquer pessoa de boa intenção
pode escrever um post-it e marcar a página. Diante disso, esperam que esta
“onda de amor” não se acabe.
Entretanto, como nem tudo são
flores, recentemente apareceram alguns bilhetes de cunho
ofensivo, preconceituoso e fora da proposta do “poste isso”. Por óbvio, elas
ficaram profundamente tristes. Ao receberem as fotos, disseram ter ficado sem
reação, mas que procuraram agir da melhor forma possível, informando que aquilo
não fazia parte da iniciativa.
Sobre isso, são categóricas: “a única coisa que pode vencer o ódio é o amor e cada um distribui o que
tem. Nós, temos amor”.
*Giovanna Maciel está no nono período de Direito e integra o Projeto do Blog UNICURITIBA Fala Direito, coordenado pela Professora Michele Hastreiter.
*Giovanna Maciel está no nono período de Direito e integra o Projeto do Blog UNICURITIBA Fala Direito, coordenado pela Professora Michele Hastreiter.
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